quinta-feira, 21 de abril de 2011

Acidente Nuclear em Fukushima preocupa o mundo.
Com o terremoto seguido de tsunami no Japão dia 11/03/2011, todos os seis reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi apresentaram problemas. Numa tentativa desesperada de conter o risco de um vazamento de grande porte, as autoridades tentam resfriar os reatores usando água do mar. No momento, o nível de radioatividade na sala de controle do reator 1 da usina é mil vezes superior ao normal
A agência de segurança nuclear do Japão informou que a piscina utilizada para resfriar combustível usado no reator quatro da usina nuclear, segue sendo uma grave preocupação. Seis dias depois do início da pior crise nuclear no mundo, os japoneses iniciaram uma série de procedimentos na esperança de diminuir os riscos de vazamento de radiação que, de imediato, já espalha o medo por todo o país.
Baixas concentrações de partículas radioativas, no entanto, estão saindo da usina nuclear danificada em direção ao leste e deverão chegar à América do Norte em alguns dias, previu Lars-Erik De Geer, diretor de pesquisas do Instituto Sueco de Pesquisa em Defesa, uma agência do governo. Ele citou dados de uma rede internacional de estações de monitoramento criada para detectar sinais de testes com armas nucleares. Enfatizando que os níveis detectados não são perigosos à saúde das pessoas, ele previu que as partículas devem seguir viajando pelo Atlântico e eventualmente chegar à Europa. Porém o Comitê Regulatório Nuclear dos Estados Unidos afastou a possibilidade de contaminação.
De imediato o ministro-chefe do Gabinete, Yukio Edano, já havia informado a retirada da população que vive num raio de 3 km da usina. Ao menos 11 centrais nucleares foram esvaziadas e cerca de 7.000 pessoas tiveram de ser retiradas dos arredores das instalações de Fukushima. Posteriormente a área de isolamento em torno da usina passou para 20 km e cerca de 80 mil pessoas foram retiradas de suas casas. Nesta semana, o governo japonês aprovou um novo plano para retirar outros 115 mil moradores que vivem em locais distantes até 60 quilômetros da instalação.
Segundo as autoridades reguladoras do país, a pressão no interior de um dos reatores da usina de Fukushima ultrapassou os limites de segurança. Para reduzir a pressão, é necessária a eliminação de vapor radioativo – segundo o governo, o vapor não prejudica o meio ambiente, nem a saúde humana.
Diante da possibilidade de acidente nuclear, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou que os EUA enviaram, com urgência, seladores para as instalações nucleares ao país. 
A operadora da usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power Co. (Tepco), disse que começará a indenizar as famílias que foram obrigadas a abandonar suas casas após o início da crise nuclear. A pedido do governo japonês, a empresa disse que vai pagar, num primeiro momento, acima de um milhão de ienes (cerca de US$ 12 mil) para cada uma das 50 mil famílias que moravam num raio de 30 quilômetros da instalação. Uma estimativa feita para JP Morgan diz que a Tepco poderá pagar indenizações de até 2 trilhões de ienes (cerca de US$ 24 bilhões) até o final deste ano.



Mapa do Progresso da Nuvem Nuclear sobre o Mundo.


      Usina Nuclear de Fukushima.

Juliana P. G.

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